sábado, 12 de setembro de 2015

MEC vai lançar programa para incluir ensino de ética nas escolas


O Ministério da Educação (MEC) vai lançar um programa para incluir a ética na formação educativa das escolas do país. A informação é do ministro Renato Janine, que fez hoje (11) a conferência magna "A ética é o que nos faz falta" no Encontro Internacional Educação 360, que vai até amanhã na Escola Sesc Ensino Médio, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade.
Durante dois dias, serão discutidas questões atuais e os rumos da educação, com conferências magnas, mesas de debate e estudos de caso. Participam do evento convidados internacionais, educadores, gestores, estudantes e familiares e representantes do poder público.
De acordo com o ministro, será lançado um portal na internet, ainda sem data definida, que vai reunir informações e trabalhos relacionados ao tema. "Nós temos inicialmente a construção de um portal que vai unir várias ações éticas que já existem ou que estão sendo iniciadas. Por exemplo, elaboramos um material sobre o plágio, que é um problema sério sobretudo desde o ensino médio, que se torna grave no ensino superior e muito grave na pós-graduação. Então, é uma das questões éticas a discutir, bem como as questões mais básicas, como educação das crianças para o respeito ao outro, para a igualdade de todos".
Janine cita também uma história em quadrinhos feita pelo desenhista Maurício de Sousa, a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), e uma cartilha da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre educação financeira, que integrarão o projeto. De acordo com o ministro, a educação para a ética pode elevar o nível do debate político do país no futuro.
O ministro afirma que sempre faltou no país uma base ética para se discutir política, o que, segundo ele, deixa até hoje o debate limitado ao bem contra o mal. "A grande forma de atacar e desestabilizar qualquer poder que seja é acusá-lo de corrupção, isso é histórico, eu procurei mostrar na palestra que isso tem 400 anos", disse o ministro.
Sobre a greve das universidades federais, Janine afirma que o Ministério esteve aberto para negociação desde antes do movimento ser deflagrado: "As entidades deflagraram a greve antes mesmo de ter uma discussão sobre os assuntos. Nós estivemos sempre dispostos a receber, recebemos as três entidades, uma de servidores, duas de professores, negociamos com elas várias vezes. Agora, fazemos isso dentro do limite que o país pode, levando em conta que os dispêndios financeiros não estão na alçada do MEC".
A respeito de possíveis cortes no orçamento da educação, por conta do déficit previsto pelo governo para o ano que vem, Janine disse que ainda não há nada definido.
"Evidentemente, nós não gostamos de nenhum corte, não ficamos felizes com os cortes. Agora, existe uma realidade e nós temos que lidar com essa realidade, e dentro do governo, evidentemente, fazemos o possível para defender nossa área", disse o ministro.Akemi Nitahara
Da Agência Brasil

Primeiro transplante de cabeça está marcado para acontecer em 2017


No início do ano, surgiu a informação do cirurgião italiano Sergio Canavero, prometendo o primeiro transplante de cabeça da história. Agora o acontecimento já tem uma data para acontecer: dezembro de 2017. Pelo menos é esta a previsão de Valery Spiridonov, o paciente. A data exata e o local, no entanto, seguem indefinidos.

Aos 30 anos, Spiridonov é portador da Doença de Werdnig-Hoffman, um tipo de atrofia muscular espinhal que resulta em enfraquecimento muscular para o qual ainda não existe nenhum tipo de tratamento conhecido. O cérebro se desenvolve normalmente, porém, o que significa que o paciente tem plena noção dos riscos envolvidos, mas se mostra disposto a enfrentá-los.
Uma equipe de médicos liderada pelo cirurgião italiano Sergio Canavero está planejando o primeiro "transplante de cabeça" da história. O procedimento, que colocará a cabeça de uma pessoa em outro corpo, deve levar 36 horas ao todo, exigindo uma equipe médica de mais de 150 pessoas.

"Segundo os cálculos de Canavero, se tudo der certo, dois anos é o tempo necessário para verificar todos os cálculos científicos e planejar os detalhes do procedimento. Não é uma corrida. Sem dúvida, a cirurgia será feita assim que todos os médicos e especialistas tiverem 99% de certeza de sucesso", contou Spiridonov à agência russa Sputnik. 
Procedimento

Durante o procedimento, a cabeça de Spiridonov será resfriada, para desacelerar a taxa de decomposição de suas células. Em seguida, as veias e artérias do pescoço serão ligadas a máquinas que manterão o fluxo de sangue na cabeça durante o transplante. A medula espinhal será então rompida e preparada para encaixe no novo corpo. 

Serão utilizadas injeções de polietileno glicol para auxiliar na fusão dos tecidos conjuntivos e células. Por último, os músculos, nervos, artérias e veias da cabeça de Spiridonov serão conectados ao novo corpo. A recuperação pós-operatória deve levar até um ano, segundo os médicos.

Riscos

ReproduçãoObviamente, a operação apresenta riscos enormes. As dificuldades do procedimento cirúrgico são apenas alguns deles, pois existe também a possibilidade de que o corpo novo rejeite a cabeça. Segundo Arthur Caplan, diretor de ética médica do Langone Medical Centre na Universidade de Nova York, é possível também que o corpo seja "sobrecarregado por novos caminhos e química aos quais não está acostumado e fique louco". Comentando sobre a operação, o doutor Hunt Batjer, presidente da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos, disse que "não desejaria isso para ninguém" e que "não permitiria que alguém fizesse isso comigo, pois há muitas coisas piores que a morte".

Em 1970, um procedimeno semelhante foi realizado em um macaco. Ele sobreviveu à cirurgia, mas viveu apenas oito dias depois, pois o corpo rejeitou a cabeça. Além disso, a tecnologia da época não permitiu que a nova cabeça se conectasse apropriadamente à nova medula.

Veja abaixo um TED Talk com Sergio Canavero, no qual ele fala sobre as tecnologias que permitem esse tipo de procedimento:

Câmara aprova taxação de ISS para tatuagens e serviços de filmes pela internet

Projeto estabelece alíquota mínima de 2% para o imposto e enquadra quem descumprir lei

A Câmara aprovou nesta quinta-feira o texto-base do projeto que estabelece uma alíquota mínima de 2% do Imposto Sobre Serviços (ISS) e impede que os municípios concedam isenção ou redução da base de cálculo do tributo, uma tentativa de acabar com a chamada guerra fiscal. Para assegurar que as prefeituras respeitarão a aplicação da alíquota mínima, o projeto torna ato de improbidade administrativa a concessão de benefício financeiro ou tributário abaixo desse percentual.
O texto ainda estende a cobrança do ISS a novos setores que atualmente não são tributados, como aqueles de disponibilização de áudio, vídeo, imagem e texto por meio da internet, como a Netflix, que oferece filmes e séries online. O projeto, porém, mantém a imunidade para livros, jornais e periódicos do pagamento do tributo.


Outros serviços como aplicação de tatuagens, piercings e congêneres, além de translado e cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos e cessão de uso de espaço em cemitérios para sepultamento passarão a ser tributados.
Os destaques ao texto serão votados na terça-feira da próxima semana. Houve polêmica no plenário sobre a possibilidade de o prefeito que descumprir a aplicação da alíquota mínima ter que responder por ato de improbidade administrativa. O relator, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), defendeu que o texto não prejudicará a arrecadação dos municípios e que ajudará a combater a guerra fiscal.
— Nós estamos fazendo um trabalho para acabar com a guerra fiscal. Nós precisamos fazer um trabalho para modernizar e atualizar a lista dos novos serviços que não constam na lista atual, sobretudo os novos serviços de internet, por exemplo, a Netflix, que hoje não é tributada. Nós entendemos as dificuldades dos estados e dos municípios e fizemos um relatório que teve o apoio generalizado de estados e municípios. Vossas Excelências acham que eu, como parlamentar municipalista, seria contra a arrecadação dos municípios? Que nós faríamos um texto que não privilegiasse e que não fortalecesse os municípios? – disse.
Já o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ) se manifestou contrariamente à alteração:
— Estou horrorizado com a facilidade com que se fala em perda de direitos por oito anos. Uma ou outra entidade nacional que queira agir contra políticos terá o poder de agir — afirmou.
Os municípios e o Distrito Federal terão um ano, a partir da publicação da lei, para revogar os dispositivos que concedem as isenções.


http://oglobo.globo.com/brasil/camara-aprova-taxacao-de-iss-para-tatuagens-servicos-de-filmes-pela-internet-17454855#ixzz3lWiUIJuV