
Robert Edwards desenvolveu a técnica ao lado de Patrick Steptoe, que morreu em 1988
O britânico Robert Edwards foi agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina de 2010 pelo desenvolvimento da fertilização in vitro, um avanço que ajudou milhões de casais inférteis a ter filhos."Suas conquistas tornaram possível tratar a infertilidade, uma condição médica que aflige uma grande proporção da humanidade, incluindo mais de 10% de todos os casais do mundo" , disse o comitê responsável pelo prêmio a fazer o anúncio, em Estocolmo.
Edwards, que tem 85 anos, começou a trabalhar com fertilização in vitro, ou IVF, um procedimento no qual o óvulo é fertilizado fora do corpo da mulher, nos anos 50. Ele desenvolveu a técnica em conjunto com Patrick Steptoe, que morreu em 1988.
Em julho de 1978, a britânica Louise Brown tornou-se o primeiro bebê nascido por meio do procedimento, que revolucionou os tratamentos de infertilidade.
"Aproximadamente 4 milhões de indivíduos nasceram graças à IVF", diz a nota do comitê Nobel. "Hoje, a visão de Edwards é uma realidade que traz alegria a pessoas inférteis de todo o mundo".
A probabilidade de um casal infértil levar um bebê para casa depois de um ciclo de IVF é, atualmente, de 20%, mais ou menos a mesma que um casal saudável tem de conceber uma criança naturalmente.
Steptoe e Edwards fundaram a primeira clínica de IVF em Bourn Hall, em Cambridge.
Em nota, a clínica disse que um dos momentos de maior orgulho de Edwards foi ficar sabendo que 1.000 bebês gerados por fertilização in vitro haviam nascido em Bourn Hall desde Louise Brown e levar a informação a Steptoe, que se encontrava gravemente doente, pouco antes de sua morte.
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