
Advogado pede que Justiça restrinja o direito do acusado em viajar para o exterior até o julgamento
A Primeira Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) deve julgar, nos próximos dias, pedidos do advogado assistente de acusação no caso em que o ex-deputado Luiz Fernando Carli Filho é acusado na morte de dois jovens em um acidente no dia 7 de maio de 2009. Entre os pedidos, o principal é que Carli Filho seja impedido de deixar o País. Para o assistente da acusação, o advogado da família Yared, Elias Mattar Assad, a possibilidade do ex-deputado deixar o País existe, por isso pede que ele entregue seu passaporte e que a Polícia Federal seja comunicada da restrição.
Em texto encaminhado para a imprensa, Assad expõe sua preocupação. “Uma das principais preocupações da acusação é que o acusado deixe o País e rume para a Itália pois, com o precedente negativo do caso Cesare Batisti, caso isto venha a ocorrer, aquele País não devolverá nem este nem qualquer outro réu brasileiro”, opina o advogado sobre essa possibilidade.
Assad também protocolou outros pedidos à Justiça além do impedimento de que o ex-deputado deixe o País. O TJPR também vai julgar o pedido para que Carli Filho tenha seu direito de dirigir suspenso até o fim do processo, de não mudar de domicílio nem dele se ausentar por mais de oito dias sem comunicar a Justiça, “Tudo sob pena de ser considerado comportamento inconveniente e evasivo do acusado, tendo como conseqüência prisão preventiva, caso viole as determinações da Justiça”, diz material do escritório de Assad.
Carli Filho responde pelas morte de Gilmar Yared e Carlos Murilo de Almeida, no acidente de 2009. O último julgamento da 1ª Câmara do TJ manteve o júri popular para o caso, mas retirou a acusação de dolo eventual qualificado, o que diminui a pena em caso de condenação.
Nesta semana a defesa do ex-deputado tentou mais um recurso, no caso de embargo de declarações, alegando incoerência na decisão dos desembargadores que mantiveram, no dia 16 de junho, a decisão de enviar o caso para júri popular. O recuso foi negado, ontem. A defesa de Carli Filho ainda pode recorrer em outras instâncias. A data do julgamento pelo júri popular pode ser definida ainda neste ano.
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