
Se as previsões de Aubrey de Grey estiverem certas, a primeira pessoa a comemorar o seu aniversário de 150 anos já nasceu. E a primeira pessoa a viver até aos mil anos pode demorar menos de 20 anos para nascer.
Biomédico gerontologista e cientista-chefe de uma fundação dedicada a pesquisas da longevidade, De Grey calcula que, ainda durante a sua vida, os médicos poderão ter à mão todas as ferramentas necessárias para «curar» o envelhecimento - extirpando as doenças decorrentes da idade e prolongando a vida indefinidamente.
«Eu diria que temos uma hipótese de 50 por cento de colocar o envelhecimento sob aquilo que eu chamaria de nível decisivo de controlo médico dentro de mais ou menos 25 anos», disse De Grey numa entrevista antes de proferir uma palestra no Britain´s Royal Institution, uma academia britânica de ciências.
«E por decisivo quero dizer o mesmo tipo de controlo médico que temos sobre a maioria das doenças infecciosas hoje», acrescentou.
De Grey antevê uma época em que as pessoas irão ao médico para uma «manutenção» regular, o que incluiria terapias genéticas, terapias com células estaminais, estimulação imunológica e várias outras técnicas avançadas.Ele descreve o envelhecimento como a acumulação de vários danos moleculares e celulares no organismo. «A ideia é adoptar o que se poderia chamar de geriatria preventiva, em se vai regularmente reparar os danos molecular e celular antes que este chegue a um nível patogénico», explicou o cientista, co-fundador da Fundação Sens, com sede na Califórnia.
Não se sabe exactamente como a expectativa de vida vai se comportar no futuro, mas a tendência é clara. Actualmente, esta cresce aproximadamente três meses por ano, e especialistas prevêem que haverá um milhão de pessoas centenárias no mundo até 2030.
Só no Japão já há mais de 44 mil centenários, e a pessoa mais longeva já registada no mundo foi até os 122 anos.
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