
O número de assaltos e arrombamentos a bancos no Paraná quase dobrou no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2010. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), mostra que nos primeiros seis meses deste ano foram 56, contra 29 no ano passado de janeiro a junho. O ano passado teve no total 52 casos no Estado.
Estes números colocam o Paraná como o terceiro estado com mais ocorrências de assaltos e arrombamentos a bancos no País. O estudo divulgado CNTV e Contraf, mostra que neste ano já foram 838 ataques às instituições financeiras no País. O Paraná só fica atrás de São Paulo (283) e Bahia (61). Estes 838 ataques a bancos no primeiro semestre resulta em uma média nacional de 4,63 ocorrências por dia.
Do total nacional, 301 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 537 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos (incluindo o uso de dinamites e maçaricos). Os números foram apurados com base em notícias publicadas pela imprensa, consulta aos dados disponibilizados por algumas secretarias estaduais de segurança pública e informações de sindicatos e federações de bancários e vigilantes de todo país.
O número de casos, contudo, pode ser ainda maior devido à dificuldade de encontrar informações em alguns estados e pelo fato de nem todas as ocorrências serem divulgadas pela imprensa. O levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR) e do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.
“A realização dessa pesquisa é resultado de um grande esforço conjunto das entidades sindicais dos vigilantes e bancários com o objetivo de apresentar um diagnóstico da violência no sistema financeiro e contribuir para o debate com os bancos, as empresas de segurança e a sociedade”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.
“Trata-se de mais um retrato assustador da insegurança nos bancos, que deve servir como elemento de suma importância para a construção de medidas preventivas que visem a proteção da vida de trabalhadores e clientes e a redução imediata das ocorrências”, aponta o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
Ainda no primeiro semestre desse ano, conforme pesquisa nacional da Contraf-CUT, 20 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, média de mais de três mortes por mês, sendo 11 em crimes de “saidinha de banco”. A maioria dos assassinatos aconteceu no Estado de São Paulo, com 12 casos. Os demais crimes ocorreram no Rio de Janeiro (2), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (1), Bahia (1), Minas Gerais (1), Pará (1) e Piauí (1).
Fonte: Bem Paraná
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