Júri popular estava marcado para 26 de março, mas defesa interpôs recurso. TJ-PR precisará examinar parte do processo que não foi julgada previamente.

Carli é acusado de provocar a morte de dois jovens em um acidente de trânsito, em Curitiba. Ele deve responder por duplo homicídio com dolo eventual e, se for condenado, pode pegar até vinte anos de prisão, com possibilidade de aumento de até 50% da pena por ter havido mais de uma vítima. O caso aconteceu em 2009.
O G1 tentou conversar com o advogado de defesa de Carli Filho, Gustavo Scandelari, mas ele não foi localizado. O advogado de uma das famílias das vítimas, Elias Mattar Assad, explicou à reportagem que o problema foi com o exame de alcoolemia que comprovou que o ex-deputado dirigiu sob efeito de álcool no momento do acidente.
“Na época do caso, a Justiça requisitou um pouco do sangue retirado do Carli para exames médicos no hospital, para fazer esse exame de alcoolemia. Isso foi descartado do processo porque houve o entendimento de que era uma prova ilícita, colhida sem autorização do réu. Nós da acusação tiramos, não precisamos disso, mas o Ministério Público recorreu”, explicou o advogado.
Quando o Tribunal de Justiça do Paraná julgou o caso e marcou o júri popular, porém, não julgou essa matéria específica, segundo Assad. A situação motivou o recurso da defesa do ex-deputado, que foi acatado pelo STJ. “Eu acho justo, foi um erro procedimental”, classificou Assad.
Com a decisão desta quinta, a matéria deve voltar para o TJ-PR,e somente após o julgamento sobre o exame de alcoolemia o júri poderá voltar a ser marcado. “Eu prevejo que isso vai atrasar em seis meses o julgamento”, estimou Assad.
Para ler mais notícias do G1 Paraná, clique em g1.globo.com/parana. Siga também o G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário