Candidatos ao Governo do Paraná começam propaganda em rádio e TV

Concorrentes a deputado, Senado e Presidência também vão ao ar.
Veja datas, horários das inserções e tempos disponíveis a cada candidato.

Começa nesta terça-feira (19), em todo o Brasil, o Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) em rádio e televisão. No Paraná, vão ao ar os oito candidatos ao governo, os oito que concorrem ao Senado, os postulantes à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, e os presidenciáveis. Além dos blocos fixos de 50 minutos, duas vezes ao dia, também começam a ser veiculadas as inserções dos partidos em meio à programação normal das mídias.  

As propagandas seguem no ar diariamente até o dia 2 de outubro, três dias antes do primeiro turno das eleições, à exceção dos domingos. No rádio, os blocos destinados ao HGPE serão das 7h às 7h50, e das 12h às 12h50. Já na televisão os blocos de propaganda serão das 13h às 13h50, e das 20h30 e das 21h20.

As terças-feiras, quintas e sábado serão destinadas aos programas dos candidatos a presidente e deputado federal. Já as segundas, quartas e sextas serão disponibilizadas aos concorrentes a deputado estadual, ao governo, e ao Senado.

Veja os tempos de cada candidato ou coligação no Paraná:

Governo
Coligação Todos pelo Paraná – Beto Richa (PSDB) – 8’42’’
Coligação Paraná olhando pra frente – Gleisi Hoffmann (PT) – 4’00’’
Coligação Paraná com Governo – Requião (PMDB) – 2’56’’
PSOL – Bernardo Pilotto – 0’54’’
PRP – Ogier Buchi – 0’53’’
PTC – Tulio Bandeira – 0’51’’
PRTB – Geonisio Marinho – 0’51’’
PSTU – Rodrigo Tomazini – 0’50’’

Senado
Coligação Todos pelo Paraná – Alvaro Dias (PSDB)– 4’21’’
Coligação Paraná olhando pra frente – Ricardo Gomyde (PC do B) – 2’00’’
Coligação Paraná com Governo – Marcelo Almeida (PMDB) – 1’28’’
PSOL – Professor Piva – 0’27’’
PRP – Mauri Viana – 0’26’’
PTC – Luiz Barbara – 0’25’’
PRTB – Adilson Senador da Família – 0’25’’
PSTU – Evandro Castagna – 0’25’’

Confira as atas, resoluções e relatórios da Justiça Eleitoral sobre o HGPE.

Três fases
Para o cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Emerson Cervi, a eleição de 2014 no Paraná pode quebrar a sequência lógica que os programas do HGPE costumam seguir. Usualmente, segundo Cervi, os programas são divididos em três fases. “Tem uma primeira parte, que é a apresentação do candidato, da candidatura. Uma segunda parte é a defesa do candidato e seus feitos em relação aos adversários, e a terceira parte é a desconstrução da imagem construída pelos adversários”, explica.

Em uma eleição entre um candidato à reeleição – Beto Richa (PSDB) – em disputa contra um ex-governador – Requião   (PMDB) –, porém, a primeira fase, de apresentação, pode ser pulada pelas campanhas.  “Nesse caso, uma possível alternativa é o candidato mostrar as realizações de governo e tentar ganhar o eleitor pela memória. Se isso acontecer, é o que se chama de voto retrospectivo”, afirma Cervi. Neste caso, a estratégia deve ser a comparação direta entre as atuações.

Este viés pode ser prejudicial para candidatos que não possuem passado administrativo, como é o caso da senadora Gleisi Hoffmann (PT), por exemplo. “Ela pode sair perdendo com essa questão retrospectiva, mas, se o eleitor chegar à conclusão de que nenhum dos outros governos foi bom, ela pode ser uma alternativa de quem vai fazer diferente”, diz o cientista político.