
Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirma que a base aliada vai votar 100% unida no salário mínimo de R$ 545
Brasília. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) descartou, ontem, um valor superior aos R$ 545 para o salário mínimo. Segundo ele, a base aliada vai votar unida. "O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, garantiu que o partido estará 100% conosco", afirmou.
Um dia após ser confirmado na liderança petista, Vaccarezza disse não achar necessário o envio de uma nova medida provisória por parte do governo e que mesmo assim vai ser possível retroagir o valor para janeiro. A proposta inicial falava em R$ 540, mas o Planalto já admitiu que subirá para R$ 545.
Emenda
Ontem, o PSDB apresentou uma emenda que eleva o salário mínimo para R$ 600. O líder do partido, Duarte Nogueira (SP), pede ainda investigação dos gastos feitos pelo governo por meio dos cartões corporativos.
O líder defende aumento nominal de 17,6% do salário mínimo em relação ao valor de 2010, chegando a R$ 600. A proposta que o governo mandou para a Câmara sob forma de medida provisória prevê o mínimo em R$ 540, reajuste de R$ 30 em relação ao ano passado. O deputado alega que o aumento real da proposta do governo é inferior até ao Índice de Preço ao Consumidor (IPC) de 2010. O aumento do mínimo implicará maior arrecadação, o que poderá gerar recursos adicionais de R$ 5,6 bilhões, de acordo com Nogueira.
"O percentual de reajuste (5,9%) previsto na medida provisória está muito aquém e mesmo com o aceno da presidente Dilma Rousseff de que o salário mínimo pode chegar a R$ 545, o valor continua muito baixo", disse o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), autor da emenda.
A expectativa dos parlamentares é que a votação do salário mínimo aconteça no próximo mês. As centrais sindicais defendem o valor de R$ 580.
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