Objetivo é mobilizar as três esferas de governo e sensibilizar diferentes segmentos da sociedade para o enfrentamento da proliferação de infecções de doenças sexualmente transmissíveis.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por intermédio da Coordenadoria Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids) realiza, nos dias 8 e 9 de junho, seminário para a elaboração do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização das DST/HIV/Aids e Hepatites Virais. O evento acontece no auditório da Faculdade de Macapá (Fama) em dois momentos, manhã e tarde.
O objetivo do encontro é mobilizar as três esferas de governo e sensibilizar diferentes segmentos da sociedade para o enfrentamento da proliferação de infecções pelo vírus HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) relacionadas à mulher. Além disso, os participantes irão elaborar estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento da infecção pelo HIV e de outras DST e apoiar as mulheres que vivem com a doença no Estado.
A psicóloga Assunção Rocha, integrante da equipe responsável pela elaboração do plano, explica que o documento irá representar a consolidação da política intra e intersetorial para o enfrentamento da epidemia de Aids, e a prevenção e o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres.
“A construção de uma resposta integrada baseia-se no reconhecimento da importância da participação ampliada dos diferentes atores sociais que constroem a resposta ao HIV/Aids no Amapá e no Brasil. É, também uma alternativa para fortalecer a atuação no campo dos direitos humanos das mulheres, da promoção da saúde e da prevenção de doenças e agravos”, explica Assunção.
Relação de casos
Dados do Boletim Epidemiológico Aids 2010 mostra que, em cinco anos, a prevalência do HIV entre jovens na faixa etária de 17 a 20 anos passou de 0,09% para 0,12%. A pesquisa foi feita com 35 mil jovens e mostra também que quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectado pelo vírus da Aids.
Os novos números da Aids no Brasil, atualizados até junho de 2010, contabilizam 592.914 casos registrados desde 1980. Segundo os dados do Ministério da Saúde, a epidemia continua estável. A taxa de incidência oscila em torno de 20 casos a cada 100 mil habitantes. Em 2009, foram notificados 38.538 casos da doença.
Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Esse aumento proporcional do número de casos de Aids entre mulheres pode ser observado pela razão entre os números referentes aos diferentes gêneros (número de casos em homens divididos pelo número de casos em mulheres). Em 1989, a razão de sexos era de cerca de 6 casos de Aids no sexo masculino para cada 1 caso no sexo feminino. Em 2009, chegou a 1,6 casos em homens para cada 1 em mulheres.
Alieneu Pinheiro
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