
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu arquivar o pedido de investigação sobre o enriquecimento do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e as atividades de sua empresa de consultoria, a Projeto. Após examinar esclarecimentos que recebeu de Palocci nas últimas semanas, Gurgel concluiu que ele não cometeu nenhum tipo de infração penal que justificasse a abertura de inquérito criminal como queriam os partidos de oposição.
O impacto da decisão do procurador-geral era incerto até ontem à noite, ao final de um dia em que ganharam força as pressões para que a presidente Dilma Rousseff demita Palocci, o principal articulador político de seu governo. Ao livrar o ministro de uma investigação criminal, a decisão de Gurgel pode servir como alento para o ministro após três semanas na berlinda. Mas ela dificilmente servirá para dissipar as desconfianças que cercam os negócios de Palocci.
Em entrevistas à Folha de S.Paulo e ao Jornal Nacional, da TV Globo, na semana passada, Palocci se recusou a identificar os clientes de sua consultoria e detalhar os serviços que sua consultoria oferecia.
A Folha revelou há três semanas que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 nos últimos quatro anos, usando os rendimentos de sua empresa de consultoria para comprar um luxuoso apartamento e um escritório numa das regiões mais valorizadas de São Paulo. A empresa faturou R$ 20 milhões no ano passado, quando Palocci chefiou a campanha de Dilma.
Tags | palocci | contra | denúncia | arquiva | procuradoria |
Nenhum comentário:
Postar um comentário