quinta-feira, 22 de março de 2012
Quadrilha teria causado prejuízo de R$ 500 milhões, diz MP
Quadrilha teria causado prejuízo de
R$ 500 milhões, diz MP
Quadrilha com base no Paraná é suspeita de adulterar combustíveis.
Ministério Público diz que rede de postos fraudava impostos.
Ariane Ducati
Do G1 PR
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A quadrilha suspeita de adulterar combustíveis, que é alvo da Operação Hidra da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (21), é comandada por uma família de Guarapuava, cidade do centro-sul do Paraná, segundo informações do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP) do Paraná. O Gaeco estima que a organização tenha causado um prejuízo de R$ 500 milhões aos cofres públicos em fraudes de sonegação de impostos através de uma rede de postos de combustíveis.
O MP chegou a pedir a prisão preventiva dos integrantes da quadrilha, baseado em provas recolhidas durante as investigações, mas a Justiça negou o pedido e os suspeitos devem responder aos crimes de fraude à execução fiscal, estelionato, sonegação de impostos, blindagem patrimonial, ocultação de bens e direitos e evasão de divisas, além de formação de quadrilha, falsificação de documentos e falsidade ideológica, em liberdade.
De acordo com o promotor Tadeu de Góes Lima, que acompanha o caso, o esquema ilícito começou em Guarapuava e já se estende por outras cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. “Esse esquema se valia de constituir empresas, pessoas jurídicas no nome, dos chamados, laranjas", comentou. Inicialmente, a suspeita é de que família abriu um posto de combustíveis e foram cadastrando novas empresas na Receita Federal, contudo constava o mesmo endereço.
"Constituíram um posto, ludibriavam a receita no cadastro nacional com a mudança em algum detalhe do mesmo endereço, para supor que os endereços eram diversos. Eles adquiriram produtos de uma empresa, não pagavam. Colocavam as empresas em nome de terceiros, sucessivamente e passaram a sonegar os impostos", explicou o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti.
Operação Hidra foi deflagrada pela PF em
Guarapuava (Foto: Divulgação/PF)
Segundo Batisti, algumas empresas vítimas de fraudes procuraram o MP e as investigações iniciais apontaram fraudes que iam além do estelionato."As investigações começaram através de inquéritos policiais em decorrência de crimes de estelionato, em 2006, e a partir de 2008, foi instaurado uma investigação criminal no Gaeco", afirmou Lima.
Nesta quarta, durante o cumprimento de 93 mandados de busca e apreensão foram apreendidos documentos, computadores, carros e caixas de bebibas alcóolicas contrabandeadas. Os documentos e o conteúdo das máquinas de informática devem contribuir como provas para as investigações do MP.
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