A frase “Criança brinca, não é brinquedo. Diga não a exploração” era uma das frases entre tantas que chamavam a atenção para o Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio. Profissionais da área de Assistência Social, alunos, professores e representantes de várias entidades se reuniram em frente à Praça Cleve na manhã desta sexta-feira (17) para uma caminhada educativa. A fanfarra do Colégio Estadual Manoel Ribas anunciava a passagem das mais de 700 pessoas, conforme dados do Guaratran. A secretária de Assistência Social acompanhou o grupo, que levava faixas, camisetas e bexigas brancas e amarelas para lembrar as cores da campanha.
A caminhada prosseguiu pela rua XV de Novembro e finalizou com a concentração na rua
Saldanha Marinho. A intenção é que essa ação se torne um marco para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta pelo fim das violências sexuais contra crianças e adolescentes. “Nós temos hoje em Guarapuava números alarmantes de casos de violência. O nosso objetivo é fazer com que a população seja os nossos olhos e denuncie, pois os casos estão dentro das casas, escolas e comunidades”,afirma a assistente social Silvia de Lourdes Haile Chagas Jurchaks.
A ação foi realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pela a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, com o apoio do Sest/Senat e Guaratran. “Os maus tratos acontece dia após dia. Criança é sinônimo de amor e não de violência. Essas atitudes são crimes inadmissíveis e devem ser punidos. Com nossa campanha, convocamos a sociedade a denunciar para que possamos prevenir e evitar que novos casos aconteçam”, destaca Cristina Silvestri.
Para a aluna da Escola Estadual Moacyr Julio Silvestri, Juliane Halm de Lima, 12 anos, que frequenta o Centro Educacional João Paulo II, as pessoas devem refletir, agir e denunciar. “Assim como todos, eu e meus amigos temos o direito de viver sem violência”, opina. “Não podemos fechar nossos olhos diante da violência sexual infantil. As escolas informam e conscientizam seus alunos através de grupos de estudo e discussões sobre o assunto. Hoje, eles estão aqui para lutar pelos os seus direitos”, destaca a coordenadora dos programas sócioeducacionais do NRE (Núcleo Regional de Educação), Isabel Grinbor.
As denúncias podem ser feitas aos Cras pelo telefone (42) 3622-2411, ao Conselho Tutelar pelo 3623-1551 ou no plantão 8401-4693. As ligações podem ser feitas de forma anônima, também pelo telefone dos direitos humanos 100 e pelo disque denúncia 181.
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